Eu odeio estar vivendo
E tanta gente sofrendo
Ouvindo o choro da criança
Perdendo seu bem mais precioso
A vida de sua mãe, por um cretino religioso
Usando seu falso Deus
Para justificar tal ato
Ato oriundo de um cérebro imundo
Inundado de ideais
Desgraçados religiosos radicais
Que bom se fosse só isso
Mas esquecemos desse mundo sistemista
Esse mesmo que alimenta seu desejo
De luxurias, pobre obeso
Sentado em uma poltrona estufada
Com penas da mais linda arara
Cultivada enjaulada
Exportada por um homem de farda
Coberto de dardos
Mas não envenenados com soníferos
Envenenados por sua ambição
De gerar um reino aquisitivo
Através de pobres bichinhos

Agora tenho que acabar
Essa tortura que vejo
Ahh, quem me dera ser um cego
Mas como diria meu pai
"Nem tudo podemos ter"
Mas pai, UMA COISA CONSIGO
Tirar esse sofrimento oprimido
Só preciso de uma corda e uma barra de metal
Para colocar fim no próprio final
Um fim dramático
Digno desse sofrimento estático
Me perdoe mundo
Mas não aguentei tal absurdo...

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