Enquanto caminhamos de mãos dadas pelas ruas,
Tingidas com as cores amarelas e alaranjadas do outono,
Vamos libertando da árvore da nossa vida,
As nossas cálidas e amareladas lembranças,
Um cenário tingido por um tempo,
Que não voltará nunca mais,
Recordações que, de certa forma,
Foram importantes em nossas vidas,
São nossos retalhos de momentos vividos,
São memórias minhas, e são memórias tuas.
Sem impor força ou qualquer resistência,
As folhas frágeis e amareladas do outono,
Aceitam a liberdade a elas imposta,
Frágeis, deixam-se levar ao sabor dos ventos,
Depois, vão pousando lentamente na terra,
Deixando-se adormecer placidamente,
Fazendo com ela, uma comunhão,
Terra e folha, juntas, em comum transformação.
Como essas folhas, são as nossas lembranças,
Elas se vão, libertando-se espontaneamente,
Para adormecerem caudalosamente,
Em algum canto da nossa existência.
Lá, no cais do porto, nas orlas de um mar azul turquesa,
Um barco ancorado já nos espera para partir,
Dentro dele, estão nossas bagagens mais importantes,
São nossos novos sonhos, para uma vida nova,
Envoltos de uma esperança firme e forte.
E renascidos das cinzas, como a imortal Fênix,
Seguimos vitoriosos, para um novo viver,
Assim, nos despertam novas forças,
E aliado ao nosso mais puro amor,
Que nunca esteve ausente de nós,
Trocamos olhares demorados e cândidos,
Com a certeza de que, foi este amor, a nossa maior riqueza.
É chegada a hora de romper horizontes, e contemplar novas alvoradas,
Em nós, não existe o medo de olhar para trás,
Para dizermos adeus, a um tempo gasto, que agora é passado,
Que vive congelado, nas imagens dos dias idos,
E preso, nos relógios de longas jornadas findas.
Não existe mais a dúvida de dar novos passos adiante,
Porque é chegado o tempo de navegarmos novos mares,
De atravessarmos novas fronteiras, de sobrevoarmos novos céus,
De abrirmos no coração, um espaço para outras histórias,
De construirmos na mente outras memórias,
De vivermos e criarmos coisas novas,
Em outras paragens, em outras grandes jornadas.
05.10.2016
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Biografia: Biografia
ROZILDA EUZEBIO COSTA, nascida em 30 de setembro de 1969, natural da cidade de Araguaína – Tocantins BR, é escritora, poetisa, contista, pintora e desenhista autodidata. Autora das obras (romances), "Lágrimas Cristalinas" e "A Musa e o Poeta", publicados pela Editora Veloso, Gurupi-TO. Atualmente, colaboradora na Faculdade Católica Dom Orione (Araguaína-TO), trabalhando como Assistente de Coordenação do NEIC (Núcleo de Extensão e Iniciação Científica) e do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
Autora das obras (publicação em formato e-book), "O Diário de Lia", "Despertando com os Pássaros", "Lucius", "Três Teresas", "Sandoval e Margarete (Um celular entre nós)", "O homem com um bigode na bochecha", "Um Cão apaixonado", "Por los Caminos, Flores y Espinas (coletânea de mensagens em espanhol)", "Bulindo com a mulher do próximo", "A Mulher do Texas" e "Do lixo ao glamour".
Autora do e-book "Historinhas de Mãe Natureza", livro que traz uma coletânea de contos infantis de preservação do meio ambiente, enfatizando a importância do cuidado com a natureza.
Autora das poesias "Cenários Sociais", e "Poema da Administração", ambas com índices bastante satisfatórios nas buscas para trabalhos escolares, e com grande destaque em trabalhos acadêmicos.
Participação no Anuário de Poetas e Escritores do Estado de Tocantins, idealizado e lançado pela Editora Veloso, com iniciativa do escritor tocantinense, Eliosmar Veloso, Edições 2011, 2016 e 2019.
Participação na Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea, "Além da Terra, Além do Céu", lançamento da Chiado Editora, Edições 2017 e 2018. |