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Algoz
Jean Azevêdo Duarte

Na minha garganta habita um eco
Ele vaga entre espaços vazios
E se propaga quando ganha o ar
Vira grito e agride tímpanos
Não tem suavidade ou proporção
Estava preso, refém
Não via a luz, ninguém

Agora escorre veneno amargo
Goela abaixo
Não faz vítimas
Vira bicho selvagem
Sentimento enclausurado
Proibido de ser gerado
Sensação que vai sumindo
Ser abstrato que apavora, alguém
Personagem de uma anedota escura, desdém

Vai ecoando
Vagando no espaço gelado
Descansando em paz no coração.

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Poesias Algoz Jean Azevêdo Duarte


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