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Apelo à Meia noite.
Pedro Henrique Davalos Ramos

Hoje acordei com uma vontade estranha de ser, não sei explicar direito como nem porque mas sei que senti à vontade incontrolável de ser o que talvez nunca tenha sido. Nem sei como, mas sei que senti. Senti aquilo que talvez ninguém nunca tenha sentido ou talvez aquilo que todos sintam todo o dia.

O desassossego na verdade vem da obrigação de lembrar quem um dia já fui sem ao menos ter sido. Uma inerente vontade de ser que está no amago da minha pessoa que nem ao menos consigo me livrar ou escapar, talvez um desejo de compreender algo que nem eu, nem ninguém nunca tenha compreendido.

Indiferente é a percepção que tenho sobre tudo que um dia foi e um dia será, pois há tantos seres por aí que já não cabe mais o ser diferente.

Um dia me coube pensar naquilo que me pensa todos os dias, mas esse privilegio já se foi a muito tempo juntamente com a aurora.

Saudosa Meia noite que traz velhos amores e velhas paixões à tona, diz como é preciso viver e como ser feliz num mundo onde só se enxerga o que os olhos querem enxergar e os ouvidos querem ouvir. Traz de volta a bela fruta que um dia adocicou os dias e agraciou a noite com teu sabor.

Sussurros de uma velha canção que todos podem ouvir, mas ninguém quer escutar, bela canção que motiva, que traz alegria e razão para tais dias que há tanto tempo parecem tão distantes uns dos outros.

Traz motivos para acreditarmos que ainda há algo que valha a pena, diz que já não está tudo perdido e que tudo que foi lutado já não foi em vão. Conforte os ouvidos com palavras de que todos que já foram, se foram por algo que outros ainda serão.

Nunca percas a esperança por saber que alguns simplesmente se contentam em somente em ser.
Não se acomode com a indiferença que há em alguns seres, pois para todos aqueles que se acomodam com a mesmice vão haver sempre aqueles que sonham, aqueles que almejam e que buscam algo que lhes trago alguma coisa a mais, mesmo que isso nunca seja compreendido ou realizado...

Por fim Meia noite traz força, traz garra e perseverança. Traz conforto para aqueles que se identificarem e que veem em sua pessoa algo próximo de uma paz que está inerte. Uma incerteza tão bela que já foi perdida a tanto tempo que ninguém nem lembra mais o gosto.

Pois no fim do dia, não há nada pior que só ser.


Biografia:
Aspirante a escritor. Aceito feedbacks! Quem quiser ajudar só mandar crítica para meu email: pedro.hdr@hotmail.com Obrigado!
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