O despertador tocava exatamente ás 5:30 da manhã e anunciava que mais um dia pesado e cansativo havia começado, era assim todos os dias desde que Débora foi embora de casa. Já nos deus 20 anos de idade, ela ainda se encontrava perdida e confusa sobre o que seria da sua vida em dias futuros, foi obrigada a abandonar a faculdade e fugir de casa depois que sua mãe se casou novamente com um homem com idade para ser seu irmão mais velho e que diversas vezes tentou seduzi-la, fazendo com que sua mãe a acusasse como se a culpa fosse dela.
Desde que foi embora, Débora passou a morar com uma amiga que vivia em uma cidade distante de sua mãe, pelo fato de não ter terminado a faculdade de Administração, conseguiu emprego como secretária em uma empresa de jornalismo. Embora ganhasse pouco, ela conseguia dividir o aluguel com sua amiga.
Naquela manhã Débora seguiu a rotina de sempre, tomou seu banho matinal e depois foi encontrar sua amiga Sammantha na cozinha para fazerem o desjejum juntas, um simples café da manhã composto por pães cazeiros, manteiga, ovos e café com leite.
-Sammantha: Bom dia Débora! - Sammantha exibia o lindo sorriso enquanto cumprimentava a amiga.
-Débora: Argh, como pode estar sorrindo á essa hora da manhã?! - Débora ainda esfregava os olhos com as mangas longas da jaqueta preta.
-Sammantha: Ah, pare com isso e trate de comer, temos que sair logo.
-Débora: Você não tem que se preocupar, está em uma ótima profissão e está quase formada em direito.
Sammantha dirigiu seus olhos verdes para Débora e uma expressão séria.
-Sammantha: Déb, eu sei os problemas que você teve, mas precisa seguir em frente, as coisas irão melhorar para nós e você tem bastante capacidade!
-Débora: Desculpe Sam, é melhor eu me vestir para ir.
Débora foi para o quarto e colocou seu terninho preto, amarrou os longos cabelos negros e passou uma leve maquiagem para diminuir a palidez de sua pele branca, seus olhos azuis ainda estavam um pouco inchados do sono e ela se equilibrava sobre o salto.
-Débora: Droga, já são 6:00.. -Ela pegou rapidamente sua bolsa e foi para o ponto de ônibus, ela ainda devia se preparar para o sermão diário que seu chefe substituto a dava todos os dias por chegar atrasada. Débora não sabia o por quê daquele homem a fiscalizar tanto, mas ela sentia que logo ia descobrir.
|