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O Circo
Thiago Bruno

Use sua imaginação, concentre-se! Pense em um circo... mas pense com força, com vontade. O circo está vazio e nenhuma luz está acesa. A claridade que existe vem de raios de luz solar que passam por pequenas aberturas na lona. Imagine a lona, o picadeiro, a arquibancada, a serragem no chão, os cheiros.

Um homem de vestes simples e puídas caminha em direção ao palco, vindo das coxias, e para no centro do picadeiro. Olhos fechados, cabeça baixa. Ele respira fundo e diz com voz grave: "Respeitável público. É com grande honra que lhes dou as boas vindas e anúncio um espetáculo inesquecível".

O homem está agora trajando um fraque e cartola. Na mão direita, uma bengala cujo castão tem formato de um globo terrestre de cristal envolto por uma mão de prata. Na mão esquerda, um microfone. Aos poucos a platéia vai entrando e tomando seu lugar. O ambiente se enche de vida, perfumes e barulhos. Uma mulher com roupas coloridas agora vende algodão doce e amendoins. Todos estão claramente felizes e animados.

As apresentações se seguem uma a uma e o público se divide entre emoções. Apreensão com o globo da morte, encanto com os trapezistas, surpresa com os malabaristas, estupefação com o mágico, divertimento com os palhaços. E o homem sorri ao ver as reações.

Ele respira fundo novamente e abre os olhos. Ainda está sorrindo, mas lagrimas tímidas se escondem nos cantos de seus olhos. Ao redor, silêncio. Contempla o circo vazio e observa a dança da poeira nos raios de luz. Ele faz uma reverência para a arquibancada desocupada e parte.


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