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O Brasil vive um momento que servirá, num futuro breve, de base para estudos nos melhores centros acadêmicos do mundo. Nem “Maquiavel em sua clássica obra, o ‘‘Príncipe,” que nada mais é do que um roteiro a ser seguido por um governante em busca do poder absoluto, poderia prever uma forma de ascensão ao poder por meio de trâmites legais (constitucionais), fundamentados em fatos irrelevantes para a propositura de uma ação desta envergadura (impeachment).
O sistema presidencialista democrático apresentou uma falha gravíssima que precisa ser remediada num futuro próximo, não permitindo que o processo de impeachment seja somente político. Talvez este instituto merecesse uma pitada a mais do sistema de freio e contra pesos, previstos na obra do filosofo Montesquieu, em “O Espírito das Leis”.
Hoje sabemos que basta ter uma homogeneidade ideológica política para destituirmos do cargo qualquer representante do povo, abrindo um perigoso precedente para as próximas gerações.
O poder das aspirações do sufrágio popular jamais deveria ser ofuscado por meras divergências políticas em prol do poder.
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