Luz ou lucidez?
Não importa, ambas acenderiam minha cabeça como uma lanterna,
haveria eu de ver o que há lá no fundo da cisterna,
todas as possibilidades ou somente a eternidade eterna,
a viva fluidez que nos coloca diante de caminhos,
a aurora do sentidos que se entorpecem dia a dia
ou somente a fusão da fronte com espinhos,
o canto sereno da única e doce melodia
e a voz sem voz da mais bela poesia...
Qualquer uma das duas fariam de mim o que já sou,
qualquer delas me poria diante do barco sem prumo,
qualquer uma delas me diria vem, e eu, que nunca vou,
abrira as asas e voaria, águia solitária, sem rumo...
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