XIX
Manhã de sol no atelier de la vie. Seu Nezinho nu da cintura pra cima pinta a grade que o dono já pagou. Cheguei as seis meia, dormi mal. O odor forte da tinta impregna o ar, o transformador de solda ligado. Um caminhão carregado de lajota entra no deposito de Seu Biné.
Meio dia na Casa Bamba
Peço a seu Carlos, o valet mudar-se de lugar, estava sentado no meu divan. Meu filho apareceu de manhã cedo na oficina, fiquei até preocupado.
- Mamãe me acordou para comprar ripa e prego - explicou-me suavemente.
- Sai de perto dessa televisão - Esbraveja minha incansável cunhada para as pixixitinhas que estão no quarto dela ouvindo musica. Mamacita deitada na rede.
Noite de volta a Casa Bamba, depois de apertar un 'chaule' no atelier. A colegas de Sarinha, amigas do Salão assistem amontoadas na cama de Larissa um filme.E esta injuriada refestelada no sofá. Terminou o filme e elas passam em bando pela sala. Antenor no computador.
- Vamos Antenor - Convida laconicamente Sarinha ao passar pela porta da sala.
- Essa Sara é um caso serio - Ironiza o mesmo.
Minha cunhada um pouco tocada pelo vinho começa a sua viagem ao passado recordando no tempo que Sarinha era ainda um bebe. Jantei um ovo frito sem farinha e café com leite. Vendo o clássico filme "Superman". Assisti também o final do show dos Rolings Stones. Para amainara fome que grassava o meu combalido estômago vazio,bebi café com leite e quatro bolachas agua e sal que surrupiei de minha mãe. Todos dormindo. Exceto eu e professor que ainda não chegou da esbórnia. Meus amigos acondicionados um sobre o outro - leio Tolstoi, Defoe, Joyce, Fitgerald, Dickens e uns escritores franceses Jacque Borel, Roger Boutefeu - todos aos mesmo tempo. Mas com afinco mesmo todos os dias "Ana Kerenina" de Tolstoi e "Moll Flanders" de Defou.
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