Um dos veículos de maiores sucessos de exportação da cultura pop japone-sa atualmente é a light Novel, para os íntimos, contos ilustrados. Os contos ilustrados dão origem a animes, jogos e mangás. Campione! É publicado desde 2008, tendo mais de 16 volumes. O autor Jou Taketsuki segue a cartilha japonesa de sucesso do gênero: garotas bonitas, muita ação e humor de sobra.
A história começa muito depois do azarado protagonista Kusanagui Godou se torna um Campione, um demônio, um rei... Pra encurtar, alguém que derro-tou um Deus em batalha e ganhou os seus poderes, podendo usar sua Autori-dade. O início é um pouco confuso, já que assim como os heróis dos comics, só sabemos a origem do personagem depois de vermos os seus feitos.
O adolescente nipônico de 15 anos se vê envolvido com organizações mági-cas na Velha Bota. A atual Itália abriga várias organizações e guerreiros pode-rosos. Erica Blandelli, mais conhecida como Diavolo Rosso, tenta de todas as formas persuadir o protagonista a se envolver com ela, e digamos que a rela-ção entre os dois beira a uma espécie de fetiche de dominação.
A contragosto, Godou volta ao país onde conseguiu os poderes de Ve-rethragna, o Lorde de Guerra Persa. Sendo obrigado a provar suas habilidades para outros magos. No entanto, apesar do poder divino que possui, Godou não tem o apetite pelo combate, preferindo a retórica a usar os punhos. Depois de derrotar Erica, acaba destruindo um “tesouro da humanidade com seu poder”.
Desconhecendo os limites do seu poder avassalador, ele recebi uma tarefa ainda mais perigosa, resguardar o Gorgoneion. A relíquia que reapareceu há pouco tempo, se posta nas mãos erradas pode provocar uma grande catástrofe e agora Godou querendo ou não foi envolvido nisso. E para aumentar os seus problemas, uma Deusa Herética, a própria Atena, está caçando o artefato.
Os conceitos são muito bons, abrindo várias possibilidades. O conhecimento de história do autor é horrível, fazendo muitas passagens soarem absurdas. O protagonista está tão amarrotado de clichês que ele se torna um estereótipo do estereótipo do personagem tímido, retraído e com potenciais latentes, deixando a história com gosto de “mais do mesmo”. Leitura recomendada para todos.
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