Etimologicamente a palavra chrôma tem origem grega e significa o sinal que contém a informação referente às cores da imagem. Você já ouviu uma música e sentiu o cheiro do som? Ou quando leu um mangá, sentiu a batida perfeita de um hip-hop? Lendo o mangá criado pelo Washington (roteiro) e Erick (arte), (que chamarei de Irmãos Messias, Amén) você terá essa experiência.
Essa dupla de cariocas conseguiu imprimir influências diversas e elementos de um bom B-Shonen. Cansado de ver mangá brasileiro ambientado no Japão e com aqueles nomes e termos japoneses? Seus problemas acabaram. De todos os trabalhos que li até agora, essa é o que tem a atmosfera mais brasilei-ra. José, Andrea, Diego de todo o Brasil estão aqui.
Henry vive com seu pai Abrahan (numa favela, importante que se diga), eles gerem uma academia de gangues. O desmotivado protagonista volta de mais um dia da escola. Após fazer a apresentação do local a Candy, aluna de inter-câmbio (essa parte foi hilária), um grupo de ex-alunos pede para serem aceitos novamente na academia.
Entre eles está o pequeno notável JC. Ele não está muito interessado nas aulas, na verdade, seu propósito é muito maior. As habilidades dos persona-gens têm relação com as cores. Não sei exatamente o sistema, mas cada cor no círculo cromático parece ter uma função diferente, com infinitas possibilida-des. Os Irmãos Messias conduzem a história com uma sinergia simbiótica.
O título está aprovado! Espero poder ver no futuro mais do que o círculo cromático é capaz de fazer. JC roubou a cena do volume 1 (só suspeito para falar, adoro hip-hop), veja a luta dele ouvindo Battlecry do Nujabes. Para ad-quirir seu mangá acesse:
http://www.facebook.com/kromaquadrinho
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