Descanso aos pés de uma árvore no campo;
lá, em solidão compartilhada,
escuto, do rio, doce pranto,
das flores pétalas espalhando
perfume enchem-me as narinas,
das ruas que ficaram para trás
nem quero recuperar os passos,
prefiro a leveza do barco da vida
a descer corredeiras, subidas,
é bom se perder, eu acho,
sem o compromisso de uma promissória,
ter que explicar a derrota ou a vitória,
prefiro assim, a mudez da floresta
que canta em silêncio,
um lugar onde, nem pedindo licença,
se move, a roubar-nos horas, o tempo...
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