Com o fogo esquento
a espada, a panela, a face do frio,
por fora ou por dentro,
onde moram os peixes, no rio
que corre manso aos pés de um homem,
mesmo que ele nem saiba e nem diga o nome,
com o fogo apavoro o inimigo,
os que tremem trago comigo
neste fogo do espírito
que não queima minha carne,
por isso não escutas nenhum grito,
nem em chamas minh'alma arde...
É apenas o que não se vê brilhando no escuro,
um salto para tocar as estrelas,
um afago na pele do sol,
é o homem tentando se salvar
das próprias misérias,
escrevendo sua história
com o sangue de suas artérias...
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