Se um dia vier a guerra,
a próxima que se aproxima,
não me guarde num bunker,
nem em um sarcófago de aço puro ou titânio,
menos ainda numa câmara de respiração;
pegue-me nos braços, suavemente,
guarde-me em seu coração...
Ouvirei a música de seus átomos,
descansarei no seu descanso,
lutarei por seus nervos,
serei nau em teu sanguíneo mar,
o amor que querias para te amar...
Não que não pense nos que morrerão
por alguma cousa, causa ou em vão;
sei que terei cumprido meu destino,
morrer em teus braços ouvindo
dos céus os sinos...
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