Não peço desculpas ao Diabo,
mesmo que Deus ande cansado
de me defender,
mesmo que eu seja culpado
pelo que pode acontecer
com este planeta,
que o tenho no mapa
guardado na gaveta...
Nem a Deus ensejo que se recupere,
nem que o Diabo revele
planos maléficos,
que traga de novo conceitos aristotélicos,
cartesianos,
nem assim me desculpo
por tantos insanos planos,
mefistotélicos...
Jamais me desculparei por estar vivo,
nem ao Diabo e nem ao Deus preciso,
nem pelos erros cometidos,
nem por ter jogado a maçã,
do Paraíso, na janela de vidro...
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