Me queimem na fogueira como se eu fosse bruxa
estiquem meu couro para tamborins
planifiquem invadir minha mente
plastifiquem minha língua
idolatrem-me como a tiranos
me confundam com neo-nazistas
usem meu CPF para falcatruas
modifiquem meu DNA

mas nada poderão fazer agora e nem sempre
quando
no escuro da noite e no brilhar do dia
a poesia mostrar seus dentes
dando
vazão à alma do infinito
que num passeio cósmico
reparte em versos
o pão bendito...

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