O amor, belo, mais belo se torna diante do espelho,
ri de si e a si cumprimenta por tão bonito sê-lo;
desce à terra por escolher viver entre os homens,
suavemente pousa e ninguém ainda sabe seu nome...
Aonde o chamam se põe a servir e nega negar de si,
como uma criança que aprende o nome das coisas ouve,
repete cada palavra até compreender que existir
supera o poder mais forte que tudo um dia pode...
Com lágrimas põe-se no peito da mulher amada,
como um irmão que gêmeo seu fosse e bruto,
sente a varar-lhe a alma a mais estranha adaga,
alçar ao céu o espírito e viver só e de luto...
O amor, depois de aprender sobre as coisas em dura lida,
sabe-se humano e falível como um cometa a despencar,
em prato posto foi e alimentou a morte e a vida,
viveu no ódio a única esperança, ensiná-lo a amar...
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