Ah como é bom viver, às vezes,
sem perguntas e respostas,
um tempo no balanço da rede,
n'outro o peso deste viver, nas costas...
Apanhar o que a roseira oferece,
rir de muito com o sol e a brisa,
sentar-se ao chão como quem tece
a sombra de toda uma vida...
Erguer-se e ir de encontro ao mar
que nos dá perigos e o que de comer;
rouba-nos a possibilidade de nos salvar
da tempestade que em nós há de viver...
O amor, que nos ronda, querendo nos conhecer,
concede-nos o prazer que vem desde os antigos,
o sentimento que expulsa a solidão, a nos dizer
que é mais que amor de amor, amor amigo...
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