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A INFLUÊNCIA DA MÍDIA TELEVISIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A relação entre Centro de Educação Infantil, Família e Mídia Televisiva.
Élen Carla Coutinho

Resumo:
Busca entender a relação entre centro de educação infantil, família e mídia televisiva, sendo que desde a infância o indivíduo tem contato direto com os conteúdos midiáticos. Vale ressaltar que estudar a relação da criança com a mídia, não é um ato simples, exige muita atenção e cuidado, pois o assunto é amplo e polêmico.

Os centros de educação infantil desenvolvem um trabalho extraordinário, pois, as crianças que frequentam esses espaços além de receber cuidados também recebem educação.
     Já a família é o principal responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio em que vivem. É no ambiente familiar que acontecem a transmissão de valores, crenças, costumes e ideais que servirão de base para o processo de socialização do indivíduo.
     A família sem dúvida exerce uma das mais importantes funções na infância e adolescência do indivíduo, pois é com os mesmos que o sujeito tem seus primeiros contatos e interações. É no ambiente familiar que a criança aprende desde cedo o que é correto e incorreto, é nesse ambiente também que se constrói o lado afetivo, por exemplo, se a criança recebe amor, carinho, atenção e doutrinas na sua casa, consequentemente ela irá transmitir esses sentimentos nos ambientes que ela frequentar.
     Segundo a Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente no artigo 4º “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”.
     Analisando esse artigo, fica evidente que a família é a célula primordial na observância e no cumprimento do mesmo, firmando-se assim como instituição com maior responsabilidade na formação e desenvolvimento da criança e adolescente no seu convívio social. O capítulo III, da mesma lei, alega em seu artigo 19 que “toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência famílias e comunitária, e em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.” Este artigo retrata de forma incontestável o direito da criança e do adolescente em ter em seu convívio sua família e na falta desta, a substituta, garantido assim a interação comunitária, em ambiente saudável a sua formação. É indispensável expor que o ideal seria que os pais e responsáveis tivessem a plena consciência de seus diretos e deveres enquanto família.
      Já a mídia é bastante ampla e conhecida, pois, a televisão, rádio, jornais, revistas, cartas e internet, são os meios que o ser humano utiliza para se comunicar com outros indivíduos. Devido às informações, propagandas e notícias que a mesma transmite, se tornou um forte instrumento de formação do indivíduo. Hoje em dia é comum nos deparar com esses artefatos em praticamente todos os lugares que frequentamos, por isso é de suma importância sabermos utilizar esses objetos, que quando utilizados de maneira correta podem trazer vários benefícios para nosso cotidiano, tais como, informar, distrair e espalhar cultura.
     A televisão tem a capacidade de suprir as necessidades e curiosidades desde o público infantil até a terceira idade, um bom exemplo disso é quando vamos à casa de uma criança e ela está entretida com um desenho animado que está passando na televisão, você pode chamá-la, mostrar algo diferente, porém dificilmente você conseguirá tirar sua atenção do desenho, pois aquilo é atraente e fascinante para o mesmo, a criança não se cansa em ficar em frente à TV, pois através desse aparelho ela consegue se teletransportar para diversos lugares, consegue também ser aquele personagem favorito, utilizando sua imaginação.
     Depois de compreender o significado de cada um, faz necessário conhecer e compreender a relação entre ambos.
     Tanto o centro de educação infantil a família e a mídia em especial a televisiva, contribuem fortemente para a formação do indivíduo, através dos valores transmitidos pelos mesmos. Porém, no que diz respeito à televisão, deve-se ter muito cuidado e atenção, pois nem tudo que a mesma transmite contribui positivamente para a formação e desenvolvimento da criança. Vale dizer que se os centros de educação infantil e a família devem caminhar juntos, o aproveitamento será muito grande, pois assim, a criança irá perceber que aquilo que ela aprende na escola, é também reforçado pelos pais.
     A televisão deve ser utilizada tanto em casa, quanto nos ambientes educacionais, de forma segura, onde haja fundamentos e planejamentos, fazendo que a criança entenda que nem tudo que a mesma transmite é verdade e também que não se deve ficar todo o tempo livre em frente a ela, deixando de brincar, fazer novas amizades, se alimentar corretamente e acima de tudo deixar de dar e receber carinho de seus familiares.
      É importante dizer que o cérebro infantil nos primeiros meses de vida passa por um período crítico e delicado, pois qualquer tipo de agitação prolongada pode causar danos gravíssimos, pelo fato de ser nesse período que o indivíduo aprende a se organizar em um ritmo extremamente pessoal. No caso da visão, o cérebro vai transformando e se adequando para perceber detalhes, é evidente que nessa fase o bebê não é capaz de saber identificar o que é um objeto, um animal ou até mesmo alguma parte do seu corpo, por isso não adianta colocar o mesmo em frente à TV, pensando que ele vai ficar mais alegre, esperto, essa atitude apenas irá causar sintomas prejudiciais pelo excesso de estímulos que a mesma proporciona.
     Desde o nascimento da criança os pais devem estar cientes do que é bom para o seu filho e o que é prejudicial, para assim não sofrer nenhum tipo de transtorno no futuro. Sendo assim, é fundamental que a criança tenha momentos tranquilos, seguros e felizes cercados de estímulos ao lado de pessoas especiais, tais como, familiares, amigos e também professores. É importante que aconteça a estimulação através de brincadeiras, desde os primeiros meses de vida, pois assim o mesmo irá desenvolver habilidades e criar sua identidade com mais facilidade e de forma lúdica.
     Os estímulos são fundamentais em todas as fases do desenvolvimento da criança que de um a dois anos, é considerada egocêntrica, ou seja, ela acredita que o mundo gira apenas ao seu redor, faz de tudo para atrair e ser o centro das atenções. Nesse momento é importante que o adulto ajude a criança entender que existem outras pessoas e que as mesmas também merecem respeito e atenção.
     Na faixa etária de três aos cinco anos, é a fase de socialização, sendo assim, é indispensável que os pais levem a criança a lugares onde possa aumentar sua convivência com outras pessoas, é importante citar que nesse momento da vida é comum ocorrer às imitações do cotidiano, ou seja, aquilo que a criança presencia, certamente em algum momento ela irá reproduzir. Já dos seis aos oito anos, a criança compreende que ela é um ser único e que as suas experiências, desejos e ideias nem sempre são iguais às dos outros. É interessante relatar que no ambiente escolar acontecem vários episódios onde a criança de depara com situações de diferentes escolhas, como por exemplo, escolha das brincadeiras, músicas, filmes, entre outros.
     Nessa fase é importante que os pais e professores despertem na criança o sentimento de respeito e aceitação frente às diversidades. Faz necessário dizer ainda que é de suma importância que os mesmos estimulem a criança a relatar sobre o aquilo que está acontecendo no seu dia a dia, pois assim além de ficar ciente dos acontecimentos, vai estar também instigando o diálogo e consequentemente a perda de timidez, fato esse muito importante, porque se desde pequeno o indivíduo criar o hábito de expressar seus desejos, anseios e opiniões, o mesmo terá grande chance de ser um cidadão crítico, que luta por seus direitos e cumpre com seus deveres na fase adulta.
      Por isso, enquanto educadores devemos ter a plena consciência que nossa profissão vai muito além de ensinar a ler, escrever e resolver operações. Em uma sala de aula existem diversas culturas e alunos com diferentes realidades de vida, é nesse momento que o professor dever servir de exemplo, para que não aconteçam situações de discriminações e preconceitos, se tratando de aluno Meksenas diz que:
Um elemento dinâmico que deve re-criar o conhecimento junto com o professor. O aluno é um agente social que leva para a escola uma série de experiências acumuladas do cotidiano, essas tornam o aluno capaz de reelaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa contraposição entre a experiência do professor e a experiência do aluno que o conhecimento se faz. (1991, p.101, 102).
Antigamente as crianças eram vistas como adultos em miniatura, como um ser abstrato, porém atualmente ela é percebida de forma integrada, como um ser global onde o cognitivo, o afetivo e simbólico são inseparáveis, ou seja, a criança age, pensa, sente e representa sempre fazendo ligações com o meio físico e social no qual se insere.
A criança é um ser único, pensante e que tem especificidade própria, repleta de costumes, cresças e ideologias, por isso o educador deve tratar cada aluno de forma individual, respeitando os limites, opiniões e ideias de cada um, pois o professor é um dos responsáveis por aquilo que a criança será quando crescer, o ambiente escolar é um local que acontece transmissão de conhecimentos e ideologias. O educador tem contato direto com a formação de caráter, valores e identidade pessoal, seus conhecimentos e também comportamentos contribuem de forma direta para que o cidadão tenha a capacidade de pensar com lógica e autonomia.


Biografia:
Élen Carla Coutinho, nascida no dia 24 de Janeiro de 1991. Filha de Emanoel da Silva Coutinho e Maria de Lourdes dos Santos Coutinho. Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Educação Infantil, Arte e Educação e Gestão Escolar.
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