Um dia estarei num campo verde e alegre
a apanhar palavras longas e breves,
feliz como quem não precisa mais caçar,
como se tivesse encontrado o lar
depois de muita procura
por noites escuras,
sem mapas nas mãos,
nenhum pista do infinito,
apenas o fim do mito
rompendo a casca da inocência,
longe da matemática obscura
ou de qualquer outra ciência...
Mas, se um dia isso acontecer,
não desperte meu corpo dessa alegria;
serei aquele que pode receber
em sua alma a verdadeira poesia...
|