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Texto selecionado
Lágrimas de Meretriz |
Leticia Ferreira |
A carícia de uma palmada
Árida, ardida, forçada,
Firme tal qual ferro em brasa
É essa a dor que me abraça.
Corrói meus sentidos na madrugada
Latente, oculta, abandonada.
Um ninho de ódio e dor
Formado por lençóis, frio, clamor.
A ardência fúnebre de uma esperança desleal
Amor bandido, podre, irracional.
E venho assim, rastejando a ti,
E vou assim, cambaleante ao fim.
Ó, torpor imundo!
Estende a tua mão a mim
Cobre-me com tal sorriso vagabundo
Que reluz em meu sangue carmesim.
Deixe-me dormir agora
Leva contigo meus sonhos de paixão
Vá e sem demora
Arrasta nossos planos pelo chão.
E pela manhã fica na lembrança
A carícia de uma palmada
Abismo de minha esperança.
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Biografia: Pisciana, devoradora de livros, chocolates e Froot Loops. Ainda acho que Estrelitas foi o melhor cereal já feito e lamento que tenham fabricado tão pouco do Guaraná Antártica Ice. Formada precocemente no ensino médio e mais ainda na faculdade de Comunicação Social. Só existem três paixões absurdamente claras na minha vida e elas se resumem em: Literatura, teatro e música. Estou tentanto achar um sentido mais claro na vida do que apenas existir, no entanto, fazer isso me basta por enquanto. Complicada, persistente, imatura e apaixonada por travesseiros de penas, papel higiênico de folha dupla, iogurte grego de frutas vermelhas e torradas com nutella. Ladra de bibliotecas, caçadora de obras antigas e verdadeira apaixonada pelo cheiro das páginas velhas.
Minha mente é somente violável através do que me permito escrever. Muitas vezes, a coisa foge de controle e as palavras se sobrepõem à vontade, porém, acredito que saberão lidar com isso.
Sem mais,
Au Revoir. |
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Publicações de número 1 até 10 de um total de 13.
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