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Texto selecionado
Cansei de não morrer |
Leticia Ferreira |
Cerrei os olhos e respirei,
O último resquício de ar me deixou.
O peito inflou e assim suspirei.
Aliviado por não ter mais rancor.
Da vida, das pessoas, do mundo.
A solidão trouxe o manto
A escuridão, o travesseiro.
Repousei moribundo,
Sem mais prantos.
Deliciando-me do último devaneio.
E vem, doce morte.
Embala o sono do pobre sofredor.
Aninha a mão calejada
Desembainha a espada
E acaba com a dor.
Um golpe, um movimento.
Sem solução.
Vem a mim a qualquer momento,
Vem me dar o perdão.
Espero, abro os olhos.
Mais uma noite passou,
Mais um dia se fez.
Meu corpo não tombou.
Ainda não foi dessa vez.
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Biografia: Pisciana, devoradora de livros, chocolates e Froot Loops. Ainda acho que Estrelitas foi o melhor cereal já feito e lamento que tenham fabricado tão pouco do Guaraná Antártica Ice. Formada precocemente no ensino médio e mais ainda na faculdade de Comunicação Social. Só existem três paixões absurdamente claras na minha vida e elas se resumem em: Literatura, teatro e música. Estou tentanto achar um sentido mais claro na vida do que apenas existir, no entanto, fazer isso me basta por enquanto. Complicada, persistente, imatura e apaixonada por travesseiros de penas, papel higiênico de folha dupla, iogurte grego de frutas vermelhas e torradas com nutella. Ladra de bibliotecas, caçadora de obras antigas e verdadeira apaixonada pelo cheiro das páginas velhas.
Minha mente é somente violável através do que me permito escrever. Muitas vezes, a coisa foge de controle e as palavras se sobrepõem à vontade, porém, acredito que saberão lidar com isso.
Sem mais,
Au Revoir. |
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