Do mar da solidão colho pepitas,
almas transfiguradas, perdidas,
fugazes olhares de veloz sentimento,
olho a vida por dentro,
tomo em minhas mãos o poema nascituro,
de olhos vendados, rindo no escuro...
Abro a vagem onde versos encolhidos
estampam mil sentidos, olhos de vidro,
espalho sobre a terra seca
lágrimas de poesia,
ao meu redor ninfas riem e dançam,
umas às outras os cabelos trançam,
reparo em mim,
em meu coração cheio de alegria...
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