Perto da falésia me encontrava
Podia sentir o oscilar das ondas
Olhar indiferente, sorriso rasgado
Na duvida se saltaria ou não
Não sentia mais nada.. acho que nunca sentira
Defeito meu? talvez, jovem indeciso receoso quebrado como pétalas murchas como se precisasse de um pouco de água para não ir ao fundo.
Era esse meu problema.
Apenas saltar o vazio eu queria.
Destruir as barreiras que me impediam de ser um cacto com espinhos que todos pudessem respeitar e temer mas não...
Mal estava eu longe de saber que eram tudo sonhos,ilusões.
Uma dura realidade que eu tentaria demover , em vez disso era um rato á procura do seu queijo , um jovem em busca do seu gps. .. basicamente era tudo isto.
Nem as ondas queriam saber da minha pessoa , se afastavam ao passo que se riam de mim , a grande ousadia de me desafiarem para eu pular da falésia .
Estava entre a espada e a parede cedo percebi que as ondas iam levar a melhor .
Meu corpo ansiava e rejubilava por aquele desfecho que se tornara cada vez mais previsível.
Ergui meus braços e entreguei-me ás ondas de corpo e alma.
Meu eu já não reagia Entreguei-me á maré como se fosse meu cobertor , minha manta .
E assim foi meu olhar apagou-se ainda esperei que meus braços e pernas fossem do contra e não correspondessem aos avanços mas estava enganado obedeceram e a minha mente que já antes não estava em condições ao entrar no mar desligou-se e assim terminei.
Deitei-me no mar como se me deitasse na minha cama e de facto foi a minha cama a minha grande cama da perdição
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