A gente se põe conscientemente em situações que sabe que nos são nocivas, pode ser por auto-afirmação ou por inconsequência mesmo, e é tão tortuoso sair delas que a gente acaba ficando, pra sentir-se "vivo" "capaz", sentir quão bom é poder fazer-se mal, sei lá, mas parece que o próprio "fazer mal" "faz bem", como uma droga qualquer, que faz tão mal que chega a ser bom, e por ser mau e bom, prende vicia....
Afinal nada é tão bom quando só faz bem, para ser realmente bom tem que também fazer mal. Até o amor, o que teria de bom no amor se ele não fizesse mal? Se fosse o amor, seja ele qual for, incapaz de provocar o mal, ele com certeza não seria tão bom. Até o amor mais puro de uma mãe por seu filho faz mal, qual mãe não sofre por amar seu filho, seja por decepção ou pela angustia de vê-lo machucado. Então não se engane, não espere amores que só façam bem, pois, para ser realmente bom, o amor tem que fazer bem e mal.
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