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Qualquer mané, Qualé mané
Felipe Francisco Rosa

Não que eu queira reclamar
Mas não há nada para fazer
E não importa o que vão falar
Não vai mudar ao amanhecer

Mais um dia que se passa
Está tudo tão sem graça
Tenho que mudar o passo
Mas o que será que eu faço

Tudo parece tão longe
Que nem da vontade de correr
Até admiro um monge
Mas quero mudar antes de adormecer

Já não tão certo
Chego mais perto
Pareço até esperto
Mas está tudo tão incerto

Por que eu não acordo
Quero sentir novamente
O mundo que me recordo
Era tão maravilhoso

Não seja especial
Por que é demais
Ao menos pareça normal
Para que Te deixem em paz

E cadê aquela verdade
Aonde está tudo que me disseram
Que seria maravilhoso
Ao chamar eles vieram

Vou te dizer que estou parado
Mexer demais Dentro de uma roupa apertada
Será que vou mudar?
Não posso nem me coçar

Faça cada vez mais
Aceite tudo
Não queremos confusão
Vai para tua cama, amanhã quem sabe

Lá vou eu
De novo, novamente, outra vez
O que eu posso reclamar
Tenho mesmo que calar

Vai dizer que o passarinho
Vai olhar que nas Flores
Vai tocar que no calor
Vai cheirar que no Amor
Vai Ouvir que no silêncio

Tenho grandes amores
É melhor Jogar bola
Comer só alface
Roubar o banco do Brasil

Só o álcool resolve
Problemas Irreversíveis
Soluções sem sentido
Vamos combinar

Melhor Resolvido
Do que mal acabado
Vamos lá
Vem aqui

Vou te Falar a verdade
Faz sentido
A verdade, verdadeiramente não tem
Sou andarilho

Não caminho
Aonde está o mapa
Quero saber
Parado eu não quero mais

Vamos lá
Venha aqui
Não me faz chorar
Chore por mim

Quem é o melhor
Não tem ninguém
Temos qualquer
Não dá para piorar

Quero Saber
Por que não entendo
O sábio sou eu
Então deixo para você

Vem comigo
Fica quieta
Não queira nada
Eu te quero para mim

Quero falar
Adoro isso aqui
Diga para mim
Aonde está?


Biografia:
Já vi Viremos Virar
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Cartas Qualquer mané, Qualé mané Felipe Francisco Rosa


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