A cada dia ganho algo novo,
e a cada ovo que recebo como prêmio
perco parte das vestes do silencio,
somem-me das mãos os anéis de prata pura,
resta-me a tez estrelada desta noite escura,
de onde paro ergo-me e entrego-me ao jogo...
Quanto mais tenho e acumulo
mais me rouba o tempo,
que salta o muro da antiga nascença,
revela-me com seus cinzéis
que há buracos negros dentro do escuro...
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