Sem começo, sem meio, sem fim
Se não sorrires para mim
Pelo menos não chore assim
As lágrimas são minhas
Poeta de poesia pequena
Amante de amor menor
Andante de sendas errantes
Que não tem começo
Nem meio
Nem fim.
Neste caminho
Meu coração bate fora do tom
Em descompasso como meus passos
Num misto de angustia e frisson
Meu olhar
Segue o horizonte, caudaloso
Lá distante, longe.
Viajando, meditando
Lembrando-te
Lembrando teu sorriso
Enxugo minhas lágrimas
Vendo-te feliz
Esqueço que sou triste
Vendo-te do meu lado
Esqueço que sou solitário
Vendo-te acreditando
Esqueço que sou cético
Vendo-te amar
Esqueço minha dor
Vendo-te muito esqueço que sou pouco
Um pouco que se espalha pelo caminho que não tem começo
Nem meio, nem fim!
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