Marta, Marta,
como é bela e vasta
a área onde se planta sementes de sentimento,
regadas pelas águas que nos dá o tempo
chuvoso trazido pelo Março aquoso,
planície de seca textura
quando o homem foge
da fêmea mais sincera,
a ternura...
Marta, Marta,
como é imensa e casta
a varanda onde o coração descansa
de sua lida diária,
revolve a terra de deuses idos,
vê, na estante,
o amor que zanza
dentro do vidro...
Marta, Marta,
a terra precisa das faíscas precisas
que a mulher adiante leva em seu bulbo,
como se o universo precisasse da comida
que engendras em teus sulcos
escritos na gênese
da primeira vida...
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