Como posso publicar esse turbilhão de sons
que corre em minhas veias,
esse rio de sangue que leva meus sonhos,
essa vontade louca de escrever uma poesia
que me afaste da tristeza,
jogar fora tudo o que aprendi
e aprender tudo de novo,
com você?
Pegue em minha mão e sinta como estou quente,
não é febre,
nem dor,
nem medo,
é apenas o desejo de me deitar
sobre uma página em branco
e escrever com meu corpo
um poema em carne viva...
Me desculpe se não posso mais que pude,
se não poderei mais do que posso;
sei que há limites até para o amor,
sei que há pontes quebradas
que à vezes não nos deixam passar...
Mesmo que ache que não vale a pena esperar
eu sempre estarei tentando
chegar perto de você...
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