Será que a brisa sente falta da tempestade
ou será como nós, que sabe que não sabe
como sentir o maior dos sentimentos,
a saudade?
Será que o choro sente falta do mar
ou será como nossos olhos,
vazios e cheios,
que soluçam ao luar?
Será que o destino existe ou é só um fado
que se canta quando o amor nos abandona
e nos sentimos presos à liberdade
que nos mantém atados?
Será que saberemos o que desejamos saber
ou nunca leremos,
de livre e espontânea vontade,
o que a vida acaba de nos escrever?
|