EQUIVOCOU-SE A NOITE
Lua tão desejada, sonhos e quimeras.
Seresta na madrugada errante
Não te ocultes cubra-me de prata.
Sou eu teu poeta e assíduo amante.
Estrela é aquela que me guia
Das cores do céu a predileta
Azul que invade e inebria
Celeste que inspira e infesta
Equivocou-se à noite, fez-se eterna.
Sem lua nem estrela, reina.
O vazio, morbidez, escuridão.
Sem sombras de mim mesmo
Perdido, sigo a vagar a ermo.
Por ruas chamadas solidão!
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