Ruma tua nau
ao norte que te pulsa nessa estrela madura,
atravessa, bem o sabes, o porto do mal,
ainda que espere a noite escura
teu barco de sete palmos,
faça com que singre
para além dos falsos salmos
que na bíblia negra perdura...
Se oriente pelo que sabes
que verdadeiramente
sentes,
abra o frasco de tua alma velada,
espalhe sobre a face da água gelada
que corta o casco de tua insensata jangada
os pés do teu espírito e siga o rumo
que te espia do mais alto que há,
que te dá o prumo
mesmo que vagues
sobre esse estranho mar...
|