Feche as cortinas,
desligue o abajur,
a dor ensina,
não mostre sua cruz,
aceite a partida do amor,
se embriague,
chore,
devore
os poetas que o mesmo sentiram,
abandone a ira,
a loucura é só para os que amam,
os que clamam
por um pouco de paz
depois que o amor se vai tarde,
o vazio é mais cheio
do que um barril de vinho,
o silêncio é tão feio
quanto a dor de um espinho
que a carne do amor invade...
O sol muda de lugar,
as possessões são iminentes,
a solidão instaura seu jugo secular,
dói mais que dor de dente...
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