Ouça..
Canta o corvo de Poe,
o estranho gato de Ágata triste,
o símbolo do Batman brilha no céu,
o colt de Jesse James,
o Big-Bang de Stephen,
o jaz dos anjos na República do Céu...
Ouça,
o urso ri de felicidade,
achou mel,
algo canta dentro,
será sua alma por ser o invento
mais que perfeito,
que aciona seu motor dentro do peito,
ou será a lucidez do mar
a erguer navios
e vez ou outra,
os afundar?
Ouça..
A poesia canta sua métrica sem metro,
ressuscita o verso imerso
nas sinapses do cérebro,
ouça,
o fim das leis que já não regem planetas,
cantam a mutação mundana,
de outro modo se ajeitam...
|