Imagine se acordar um Príncipe
e olhar pela janela e lá esta
um cavalo esperando pelo passeio no campo,
suas botas ao lado da cama,
uma jaqueta cor de chamas,
na cederola tocando um mambo,
a vida, essa suprema forma de existir,
com todos os seus poderes aflorando,
presidentes e ditadores esperando
para te dar boas-vindas,
querendo saber sua opinião
sobre certos assuntos que causam confusão,
como esse sobre a maioridade penal,
como mandar o garoto para a selva
presidiária obrigando-o a se tornar
um animal,
ou como prender bandidos
eleitos pelo povo,
que roubam a casca, a gema, a clara,
todo o ovo que a galinha botou,
ou então como mandar dinheiro
para fora do país,
para uma certa Cuba, ainda comunista,
que nos enviam médicos escravizados,
que devolvem aos irmãos Castro
todo o seu salário,
que os Estados Unidos querem transformar
numa nova pista de pouso para mísseis...
Então, Príncipe,
como reinar num mundo absolutamente
descontrolado, passear a cavalo
ou comandar o reinado
com punhos de ferro,
não sem antes libertar aqueles
que vivem sob o jugo de céticos
que acreditam em políticas ultrapassadas,
em gaiolas, pássaros aos berros,
não se esquecer de uma Rússia staliniana,
Síria, Exército Islâmico, Boko-Haram,
comando vermelho na política brasileira:
Nos diga, ò Príncipe, como vencer
a nova ditadura, essa fome de poder,
que transforma esse povo ordeiro
em bandoleiros, assaltantes,
espelhados nas ações de doleiros,
presidentes, deputados, senadores,
enfim, todos, sem tirar, nem pôr,
brasileiros?
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