Balanço meu café já entediado com a espera. O dono do café então se aproxima e pergunta:
- Você quer algo a mais?
Levanto a cabeça antes abaixada por causa do café e respondo:
- Não, muito obrigado. Estou esperando uma pessoa.
No reflexo da colher pequena vejo James olhando furiosamente para mim. Ele espera que eu saísse já dali, e também porque um homem igual á ele – e por acaso igual a mim – não pode ficar esperando para ser enrolado por uma mulher.
Ele espera que ela seja a enrolada.
De repente escuto um ‘’psiu’’ e outro novamente:
- Psiu! Vem aqui. – Emily me chama escondendo-se em um banheiro.
Levanto apressado e vou ate ela. Ela novamente me surpreende.
- Quero você, aqui e agora! – ela me olha com os olhos de uma leoa furiosamente sedenta por sangue.
– Você quer transar aqui e agora? – pergunto encabulado.
– Oh... Que sabichão... Claro! – ela quase engasga de tanto nervosismo. Mas me puxa pra dentro do banheiro.
Primeiro exploro o toque. Minhas mãos buscam seus peitos e os aperta, sinto cada mínimo centímetro deles. Rasgo sua camiseta e delicadamente abraçando-a e beijando o canto dos seus lábios retiro seu sutiã.
Espremo Emilly com força contra a parede fria, e começo os rastros. Deixo um beijo a cada parte do seu pescoço pra baixo.
Começo obviamente em seu pescoço, e dou lhe um beijo lento e figurativamente doloroso. A dor é que, quanto mais retardo a penetração, maior será o prazer quando eu for fazê-lo. Sinto que meus lábios são como metal quente; soldam sua pele com os beijos e fazem-na estremecer com cada um deles.
Depois, deixo-a nua. Completamente desprovida de quaisquer refúgios que escondam sua pele branca. E continuo com a tortura prazerosa. Começo beijando a parte superior a dos seios e vou trilhando caminho até chegar um por um. Primeiro mordo levemente o biquinho e após o outro. Desço para sua barriga no caminho para o começo da penetração e então levanto rapidamente e lhe dou um beijo nos lábios. Um terno e vadio beijo.
Penetro-a com estocadas rápidas, sinto meu pênis tomar todo o vazio de antes. Ela gemendo sem cessar.
- Oh... Peter... Oh... – ela pontilhou cada palavra com seus gemidos e extravasou sua fúria de emoções.
Abaixei a tampa do vazo que nos forneceria um banco, e então me sentei nele, ela sentou em meu colo deixando as emoções e absolutamente tudo muito aguçado. Os sentidos estavam apurados.
O cheiro, incrivelmente doce de sua pele infiltrava-se os meus pensamentos, fazendo-os apenas ter foco nela. E em seu corpo.
Olhá-la. Era essa a principal fraqueza de mim. Estremecia ao encontrar seus olhos nos meus. Verdes letais. Essa era a definição do prazer literal.
Por conseguinte, os demais sentidos eram os em destaque supremo. O toque e o paladar. Senti-la, prová-la. Quis enterrar-me em demasia de seus braços, e acalentar-me em seus beijos.
Deitados e nus, a penetração continuava lenta e rítmica, mas prazerosa. O êxtase injetava-se em mim, nadava no vermelho das minhas veias e passava a ela por meio do encontro dos nossos lábios. Eterna mulher minha, eterna amante do que é proveitoso. Debaixo do rasgado lençol nossos corpos permaneciam quentes, abafados por pernas em cima uma da outra, a dela sob a minha.
Num banheiro sujo, porém, amplamente feito para dois. Esse era o lugar que um dia caso fosse alvo de perguntas como ‘’ qual seu lugar favorito?’’ Talvez, nessa ocasião, eu diria que seria nos braços da mulher de hoje que eu queria estar. Mas, como o futuro não representa o hoje e sim o amanha, eu falaria com certeza que seria O banheiro. O dia em que fiz amor com o recente amor da minha vida.
Ela levantou-se e olhou para mim, e disse com uma voz doce e rasgada:
– Queria outra coisa. – Seus olhos me atingiram com sua sinceridade.
– Pode dizer. – Falei.
– Quero escrever sobre nós! Quero passar para páginas minhas ideias o eu sinto em ver você assim, nu.
– Faça o que quiser, eu confio em você. – Eu disse, depois vesti minha camiseta. Meu corpo estava um pouco suado, o tecido colou em meu corpo.
– Pense em mim como essa sua camiseta, coladinha em seu corpo! – Ela disse sorrindo para mim.
O suor escorria por minha testa, o senhor do café me olhou rapidamente e depois para Emilly. Nós sabíamos o que vinha depois.
Um beijo.
Um carro elegante, preto estacionou na frente do café, Emilly me deu um breve beijo e uma provocante mordida no lábio inferior. Ela encaminhou-se ate o carro, entrou.
Antes que o vidro da janela subisse, ela piscou para mim. E sorriu.
E o vidro subiu.
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