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Emilly - A Garota Sem Regras - Página Dois
Wellington Almeida

Resumo:
A segunda página de um romance. A parte da descoberta.

Página Dois

Um cheiro me traz de volta. Não eu, James.
Uma moça dorme profundamente ao meu lado. Vejo por debaixo das cobertas que estou nu. Com certeza transamos.

É como se eu ainda dormisse profundamente, pronto para emergir da inconsciência á qualquer momento.

- Oi, docinho! Bom dia... Que noite esplendorosa que você me deu ontem... Estava morto de vontade. Eu mesma arranquei suas roupas. – ela disse saltitante e depois avança sobre mim.

- Desculpe, eu não... – ela me impediu de prosseguir com um beijo de uma mulher apaixonada.
Levantei-me automaticamente depois do beijo e novamente desmaiei.


Finalmente volto sombrio o suficiente para analisar os estragos.
Duas mulheres numa só noite. Um jantar. E depois horas de sexo. Sei disso, porque sempre que volto a ser eu mesmo estou no local onde desmaiei e então analiso por vias próprias o que foi que fiz na noite.

Eu não, ele. James.

Chego á minha casa e escrevo tudo o que fiz durante o tempo que minha segunda personalidade esteve presente. Preciso escrever rápido, porque as lembranças só duram como se fosse um anestésico; prologam a ausência da sensibilidade – no caso, reduz o efeito de me perder, esquecer como se não tivesse acontecido, mas não são duram por muito tempo.

‘’Quando estive na casa da senhorita Evans, logo percebi que algo não estava em seu devido lugar. James estava aos poucos se manifestando. Vamos começar do inicio de tudo, ate mesmo quando eu descobri que possuía outra identidade.

Eu tenho um irmão, ele se chama Caio. Caio sem foi um pegador na escola e nas festas que nós frequentávamos. Mas eu era muito tímido para chegar a alguma menina e paquera-la. Ou se conseguisse ao menos chegar nelas eu meio que estrava tudo logo de inicio falando sobre o colégio ou coisas desconexas com o que estava realmente em jogo.

Foi aí que em uma noite, eu a conhecia: uma menina perfeita. A única que me deu a coragem suficiente para ir ate ela e jogar meia dúzia de palavras na intenção de ser bem sucedido. De impressiona-la.

- Seus olhos são lindos. – eu disse meio hesitante para a menina. Ela avançou um passo e me deu um beijo no rosto.

- Obrigada! – ela disse.

Nesta noite eu achei que era o maior, simplesmente pelo elogio inteligente e o beijo que recebi depois. Mas, na verdade, tudo isso não passava de pura mentira.

Nas semanas seguintes nós nos conhecemos. Minha primeira namorada. Era um sonho, não parecia real o que eu estava vivendo.

E realmente não era real.

Numa noite, eu tive que ir estudar na casa de um amigo bem próximo. A bateria do meu celular havia acabado e não tinha como eu ligar para ela. Peguei meus cadernos e saí de casa andando tranquilamente. Certamente depois ela me ligaria e ficaríamos horas e horas conversando por telefone.

Só que eu esqueci o maldito livro da matéria que iríamos estudar naquela noite, então voltei rápido o bastante para buscar o livro e partir para o estudo.

Quando cheguei a minha casa a porta estava meio aberta. Talvez mal encostada. Entretanto, não se ouvia pessoas falando, nem passos pesados e aparelhos ligados. Apenas duas respirações ofegantes e gemidos escandalosos.

Fui ate o meu quarto e silenciosamente abri a porta. O que vi. As palavras certamente seriam absurdas se descritas por mim aqui. Mas, as imagens já estavam penetrando em cada célula do meu corpo, cada parte de mim por menor que fosse estava sendo invadida pelas imagens. Minha namorada transando com meu pai. O nojo que eu sentia naquele momento corroeu meu estômago. Ate mesmo a raiva se escondeu em algum canto dentro de mim, e deixou a decepção espalhar-se no meu interior.

As lágrimas misturavam-se com a saliva que escorria pelo meu pescoço na parte abaixo do queixo. Minha boca não conseguia conter os soluços e eu não queria conte-los de modo algum. Queria poder extravasar a dor que eu sentia.

Esquecer que eu era.

Foi então que ele se manifestou: James. Palavras sem ser pronunciadas por mim saíam de mim sem que eu pudesse restringi-las somente ao meu pensamento.

‘’ Não chore menino, seja forte. ’’

Os soluços enfim cessaram. Eu havia ouvido eu mesmo, mas não havia vindo de mim essas palavras. Tudo se resumiu depois se tornar em anonimato outro de mim. A parte que não liga em ferir sentimentos. E sim, feri-los de propósito por puro prazer.


No dia seguinte, eu precisei ligar obviamente a Evelise para me desculpar da maneira como saí de lá.

- Oi, perdoe-me interrompe-la, mas eu precisava me desculpar sobre o acontecido do dia anterior!
– eu disse tentando ser o mais educado possível.

- Esquece rapaz, venha aqui apenas buscar seu gravador. Minha governanta irá entregá-lo a você.

- Eu insisto, deixei eu me desculpar formalmente. É algo importante para mim. – eu murmurei a voz quase falhando.

- Ok, me encontre no café próximo a minha casa. Até lá. Tchau.

Desliguei o telefone aliviado, meu coração estava prestes a escapar pela boca. Novamente me arrumei e fui em direção ao meu Destino.


Biografia:
Meu nome é Wellington Almeida,nasci no estado de são paulo, mais fui criado no interior do Paraná. Onde com muito orgulho surge deliciosas histórias para entreter-me e me fazer flutuar nas maravilhosas facetas da escrita.
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