Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Pra viver, preciso de quase nada
jbcampos

Pra viver, preciso de quase nada...

Nesta espinhosa e feliz jornada; preciso de quase nada.
Levantar cedo, se preciso, porém, evito as madrugadas.
Creio que, neste sentido se aplica a desejada felicidade.
Simples assim, ser feliz foi única boa escolha que eu fiz,
Vou mais longe; pra um velhote o qual dispensa idade.
Adotei logo a simplicidade da velha sensatez, eis o xis
Da antiga questão, comerei feliz no simples prato raso
Carne de pato, ou saboroso arroz e feijão, e que arraso
Se lá tiver vinho, moqueca de camarão... E por que não
Meu bom vizinho, não pense que vivo a comer sozinho,
Não, a ninguém espezinho tendo esta mortal condição.
Quando não, meus netos, filhos, irmãos, até sobrinhos.
Na realidade tenho a liberdade quando estou sozinho.
Bem, meu irmão, tenho por fiel companheira a Solidão
A dona do meu encanecido coração! As minhas vestes:
Que tolice, há muito já lhe disse: uso uma peça por vez,
No meu carro, apenas um assento, e no meu pé direito,
Eis mesmo sapato outra vez. Eis o belo teste de lucidez
Da pureza singela à vida vívido-vivida em rosa-amarelo.
Ah...   Aqui se encerra toda a sábia filosofia, na geografia
Desta bela existência na qual vivemos sem transparência
Da simplicidade da divina sabedoria, sendo que a veraz
Felicidade se encontra no coração de qualquer idade az,
Ei-la: Grande sabedoria que os sábios jamais saboreiam,
Vivem alheios em seus devaneios, em busca das glórias
Que se acabam aqui, sapiências quais ficam pra história
Já há muito conhecida, porém, por poucos apreendida.

Seja rico, seja pobre, seja humano, seja tudo, seja nada,
Quando for quase tudo isso, ao menos terá vivido a vida.
Terá aprendido a antiga maneira-fabulosa de bem-viver.
Comece agora, sendo humilde pra estas práticas exercer.
O seu erro pode estar ao se comparar com seu vizinho,
Pois, ainda não aprendeu a viver sozinho nesta clara
Solidão, cuja negritude está na cabeça pobre e podre
Do racista qual não se põe na lista de pobre-nobres
Mortais a fazer distinção de cores de seu espectro
De solidão insólita...

Sucesso nesse mais alto empreendimento de sua vida!

Seja feliz!

jbcampos


Biografia:
Aposentado
Número de vezes que este texto foi lido: 59490


Outros títulos do mesmo autor

Poesias O pintor de paredes jbcampos
Poesias Um violino por acaso jbcampos
Poesias versando a morte jbcampos
Poesias trouxa da bola jbcampos
Poesias gosto jbcampos
Poesias anacoreta jbcampos
Poesias mente secreta jbcampos
Poesias Nada jbcampos
Poesias Piscar d'olhos jbcampos
Poesias Alheio jbcampos

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 31 até 40 de um total de 860.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Fazendo bolo - Ana Mello 60109 Visitas
O Banquete - Anderson F. Morales 60105 Visitas
O estranho morador da casa 7 - Condorcet Aranha 60103 Visitas
ABSTINENCIA POÉTICA - JANIA MARIA SOUZA DA SILVA 60098 Visitas
Escrevo - Terê Silva 60096 Visitas
ELA - sigmar montemor 60094 Visitas
Decadência - Marcos Loures 60093 Visitas
Menino de rua - Condorcet Aranha 60084 Visitas
Minha Amiga Ana - J. Miguel 60082 Visitas
a historia de que me lembro - cristina 60081 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última