Mesmo sem saber,
desconhecendo
o sentido das coisas,
sinto que sempre
procurei o calor do sol.
Cada vez que no jardim
via uma flor orvalhada,
serenada da noite,
ou mesmo um fio
com cristais de lágrimas,
deixava uma mensagem
de esperança.
Uma mensagem de que logo
vinha o sol para secar
o orvalho da flor,
as gotas de água dos fios.
E para mim naquele momento,
mesmo não me colocando
no lugar da flor, sabia que falava
do sol que cruza o universo
dos astros e das estrelas...
Seria o destino?
Seria o propósito
desconhecido,
até hoje à descoberto,
sem respostas
e sem mais perguntas?
O esgotar das perguntas
se dá pela aceitação?
Nada posso afirmar,
nem falar,
porque hoje sou assim,
e amanhã, ou mesmo
daqui um segundo de hora,
algo pode acontecer
e minha vida girar
e virar do avesso outra vez...
|