PÂNICO |
Ivan de Oliveira Melo |
Resumo: O medo nos devora por dentro... |
Na noite de olhos deveras escuros
A lua brilha pelas frinchas do quarto
E fico atônito, e me cubro, e me despedaço
Derribado pelo medo do que não escuto.
Silêncio sinistro evoca o assobio dos ventos
Que uivam qual lobo faminto do cerrado
E eu trêmulo a cuspir terror e cercado
Pela agonia ululante, semântica do sofrimento.
No esvoaçar das cortinas, um relâmpago clareia
E sinto no ribombar dos trovões em minhas veias
A tontura de um pânico sedento de magia...
Sentença lúgubre me deixa tétrico o ambiente,
É alimento que vulcaniza um corpo reticente
Tombado à cama pelo pavor hediondo da ventania!
De Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |
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