Aos sábados, à tarde,
O compromisso era sério
Com mocinhos e bandidos
Na tela do Cine Império.
Domingo, era dia,
De ser tipo gregário:
Assistir co’a patota
O jogo do Operário.
Em dia de mormaço,
Nem que fosse sozinho,
Ia pro Rio Verde
Pra nadar um pouquinho.
Na Casa do Povo
Um turco cheio de “milongas”
Me convencia a comprar
Um feioso par de congas.
No Ponto-Azul
(Que beleza de praça!)
Tocava uma banda
E tinha show de graça.
Ao passar na Discolândia
Sempre dava uma entrada.
Por horas, ficava ouvindo
Os sucessos da Parada.
A gente jogava bola
Com sol ou com lua
No campo de terra
No meio da rua.
São tantas lembranças
De tudo que fiz –
Lá em Ponta Grossa –
Onde eu era feliz!
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