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O caçador da meia noite
Estella Moura

Lá estava Billy, tão apressado que já tinha esbarrado em umas quatro pessoas, mas ele não estava preocupado com isso, queria chegar a sua casa logo. Pois aquele não era um dia qualquer, era seu aniversário. Dezesseis anos finalmente, pensava Billy.
Antes de chegar em sua casa esbarrou em mais uma pessoa, um homem que mais parecia um mendigo, todo sujo e coberto com uma capa preta muito velha. O homem chamou sua atenção, o que o fez parar de correr, então aquele sujeito lhe entregou um pequeno pacote e balbuciou: “Billy seu destino está para mudar, guarde este pacote, pois você vai precisar esta noite”. Antes que o garoto lhe fizesse qualquer pergunta o homem se afastou depressa, sem nem ao menos se identificar. Billy ficou curioso, mas continuou a correr para chegar logo em casa. Ao chegar em sua casa se deparou com o que tanto esperava, o seu novo vídeo-game, que depois de tanto implorar para os pais conseguiu de presente.
O dia passou, Billy recebeu os parabéns de seus amigos e parentes, o que o deixou feliz, mas não conseguia tirar da cabeça aquele homem estranho e o seu presente misterioso. Já era noite, e ele estava se preparando para ir dormir, quando lembrou que ainda não tinha aberto o pacote que o homem estranho havia lhe dado. Tirou o pacote do bolso da sua jaqueta e abriu para ver o tinha dentro, um objeto brilhante e misterioso. Uma bala de prata. ”Para que eu vou usar essa coisa? Aquele homem era louco, só pode”. Pensou ele. Mas estava muito cansado para refletir sobre aquela situação, tivera um dia muito cheio. Então guardou pacote na gaveta do seu criado-mudo e foi dormir.
Faltavam quinze minutos para a meia-noite, o céu estava um breu, sem qualquer estrela, já não se ouvia nem o barulho dos animais naquela mata fechada. De repente um barulho. Billy se depara com um homem, forte e alto, de tal formosura nunca vista antes. Mas num piscar de olhos, daquela formosura uma criatura horrenda se formou, um lobisomem tão horripilante que até o mais corajoso dos homens sentiria suas pernas bambear ao velo. Billy não era o tipo de garoto que sentia medo facilmente, ele era diferente dos meninos da sua idade, parecia já um homem feito, era mais alto e mais forte que todos, alem de ter uma coragem que invejava a muitos, mas até ele se sentiu intimidar quando aquele lobisomem cruzou seu olhar com o dele, o que o fez sentir um calafrio que arrepiou os cabelos de sua nuca. Nessa hora Billy acordou muito assustado, “que sonho mais maluco”, pensou ele. Mas então Billy se deu conta de que aquilo não era um simples sonho, que aquele homem na rua não estava maluco. Tudo parecia fazer sentido agora, ele sentia dentro de si que era diferente, que o seu destino já estava traçado. Pegou a bala da sua gaveta e correu para a sala pegar a espingarda de seu pai que ficava pendurada na parede como decoração e saiu. Sabia onde devia ir. Chegou a um campo de futebol que ficava perto de sua casa, estava tudo escuro, no céu não havia uma estrela se quer, quando Billy avistou aquela criatura horripilante, que vinha em sua direção velozmente, sem pensar duas vezes mirou a espingarda e apertou o gatilho que fez disparar aquela bala de prata acertando o lobisomem bem no coração, que caiu no gramado. Billy agora estava confuso, pensando o que iria acontecer a partir dali, mas de uma coisa ele estava certo, sua vida monótona iria mudar para sempre.

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