No abismo desabo em queda sem fim, por instantes tenho, e até posso sentir, a luz, que nunca terei, incidir sobre mim.
O que diz velho louco, que nunca serei como ti, que não sentirei o corte da morte, sim, na hora de ver teu olhar, paciência esperando o ardor, soturno, silencioso, como amante traidor.
Conto o tempo em uma vida, a tua vida em um minuto, minha perdição, em um segundo.
Quando finamente sentir os cabelos, daquela que me faz se perder, saberei tudo que tenho para dar, mas, também o amor que não posso ter.
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