E conhecendo as letras já feitas,
os caminhos já trilhados,
sabe que o tempo é longo
e que muitas ainda
serão as feridas.
E espera só sorrir,
pois já descobriu
que cada vez que chorar
suas lágrimas serão
derramadas sobre
seu próprio funeral.
Só na alegria
e no riso é possível
o reencontro
daqui a milênios.
Se demorar mais do que cem anos
esta ave, se deixará
morrer eternamente na gaiola,
sem nunca de lá ter um dia saído.
Por isso seguirá um conselho
que achou numa placa indicativa.
Mirar sua vida na lua.
Na alma que ama.
E quem sabe amanhã,
que já é um outro dia,
mesmo tendo que se ausentar,
encontre um tempo
para aqui vir cantar.
Nem que seja uma única
canção enluarada...
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