Por Jonathan Edwards
A Sutileza de Satanás. O demônio trabalha corpo a corpo com as nossas paixões enganosas. Ele labuta para tornar-nos cegos às nossas faltas. Continuamente se esforça para nos levar ao pecado, e então, trabalha com a nossa mente carnal nos bajulando com a idéia de que somos melhores do que realmente somos. Assim, ele cega a consciência. É o príncipe das trevas. Cegar e enganar têm sido seu trabalho desde os nossos primeiros pais.
A força do hábito. Algumas pessoas se esquecem dos pecados que lhe são habituais. Frequentemente os pecados habituais entorpecem a mente, e dessa maneira, tais pecados, que uma vez afligiram a consciência, começam a parecer inofensivos.
O exemplo dos outros. Alguns se tomam insensíveis ao próprio pecado porque deixam a opinião popular ditar o seu padrão. Observam o comportamento dos outros a fim de discernir o que está certo ou errado. Porém, a sociedade é tão tolerante com o pecado que muitos deles perderam seu estigma. As coisas que não agradam a Deus e são consideradas abomináveis à sua vista parecem inocentes quando visualizadas através dos olhos da opinião popular. Talvez as vejamos sendo praticadas por pessoas que estimamos, ou nossos superiores, ou por aqueles que são considerados sábios. Isso tende a favorecer essas coisas e a diminuir o sentido de sua pecaminosidade. É especialmente perigoso quando homens piedosos, líderes cristãos respeitados são vistos comprometidos com práticas pecaminosas. Isso especificamente tende a calejar o coração do observador e a cegar a mente a respeito de qualquer hábito maligno.
Obediência incompleta. Aqueles que obedecem a Deus indiferentemente ou pela metade correm o risco de viverem em pecado encoberto. Alguns cristãos professos negligenciam parte de seus deveres espirituais enquanto se concentram em outra parte. Seus pensamentos talvez estejam completamente voltados à oração secreta, à leitura bíblica, à adoração pública, à meditação e a outros deveres religiosos — enquanto ignoram os deveres morais: suas responsabilidades em relação à esposa, aos filhos ou aos vizinhos.
Sabem que não devem defraudar o seu vizinho, mentir ou fornicar. Mas parecem não considerar quanto mal há em falar dos outros de modo leviano, censurar o vizinho, contender e brigar com as pessoas, viver hipocritamente diante da família ou negligenciar a instrução espiritual de seus filhos.
Esse tipo de pessoa parece ser muito consciente em algumas coisas — aquelas áreas de sua obrigação sobre as quais se mantém vigilante — mas negligencia completamente outras áreas importantes.
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