Tamanho o poder capaz de uma caneta esconder,
Da música que jamais vou esquecer
Ao cheque sem fundos à familia falida.
Escrevemos de lápis até acertar a grafia
Pois a exemplo da vida,
Depois de manchado não se dá pra apagar,
Na constante escrita da vida,
Se errou, não se pode rasurar
E não há corretivo que faça o tempo voltar.
Mas antes que a minha tinta acabe,
Deixo clara minha escolha:
Declaro guerra à realidade Dispoeta.
E levarei a vida cada dia vencendo batalhas
Enterrando desamores, levarei a vida
De página em página, recortando as dores
E queimando os papeis principais
Desta peça teatral que é a vida.
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