[ náufrago ] |
André Francisco Gil Francisco Gil |
[ náufrago ]
André Francisco Gil.
27/04/14.
Se eu choro
clamo por lenços planos pragas
e panos
humano
de visão erma e vaga
estapafúrdia
estapaferma
balbúrdia
teorema
água é lamento que a maré varre
apenas
lamento largado
pelo vento
apenas choro pelas águas vagas
o humano que clama não lamenta
vejo
o pano carcomido por pulgões
por traças
eu fui largado no ermo das marés
grito violento do náufrago
do vento
rude gemido
aflito que ensurdece
o
ensandecido
som:soluços da noite
prece a escuridão insana que se forma
vento rude forma
som fúnebre
noite escura de gemidos violentos
gritos aflitos soluços bocejos e preces
a voz que geme debruça-se no choro
a saudade agarrada flutua no oceano da morte
bracejando em rumores clamo por socorro
vejo a tábua bocejando direções
a voz do oceano clama e eu ouço
gemo agarrado ao mastro a um pedaço de tábua
bocejando e bracejando está a morte debruçada
choro de saudade rumando pro nada…
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