Talvez o inverno umedeça
As regiões do meu corpo
E, finalmente, eu possa chorar...
O verão não dá tréguas,
O calor me esquenta o cansaço
E as lágrimas secam, sem arrepios...
Lembro que no último outono
Com as folhas espalhadas pelo chão,
Um vento meio frio sussurrou-me
Que a esperança está enferma
E soluços brandos arrefecem
As perspectivas de um sorriso...
Quiçá a primavera alente o tempo
E através do perfume das flores
Eu possa sentir o odor da alegria
Abafando o pranto e elegendo o riso
Como bálsamo para sufocar as dores,
Só assim é que posso pleitear
Segundos, decerto, da felicidade efêmera...
Eis a vida diante das horas:
Tudo se transforma por encanto!
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |