À Mnemosine.
Nasce um dia unigênito e mortal.
Um suspiro contido contesta o porvir.
O medo balbucia nas entranhas a cada esquina.
O desconhecido muda a retina.
Uma fotografia cristaliza a respiração, a escrita,
a memória e o transbordamento da experiência.
Na procura da procura, no encontro do encontro consigo.
Naquilo que uns nomeiam, ego, deus e abrigo.
Mas Mnemosine reúne os estilhaços e as tatuagens.
Transeunte no imaginário de mãos dadas
com destinos, acasos e paisagens.
O profeta-poeta aponta um caminho sensorial e um verso.
Mas ela doou a escolha inestancável e um universo.
Na lembrança...
Um espírito de criança.
A transitoriedade das respostas embriagantes.
E a ousadia entre a queda no abismo e questionamentos incessantes...
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